Fernando Sabino
A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, que garante a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferece cuidados com base nos recursos que a comunidade oferece.
O CAPS I Parelhas é um serviço substitutivo da esfera pública municipal, na atenção à saúde mental dentro do contexto da Reforma Sanitária e Psiquiátrica. O CAPS vem a 05 anos desenvolvendo um excelente trabalho no papel de cuidar sem excluir promovendo CIDADANIA para além dos muros, onde os usuários dos serviços são tratados como cidadãos, com dignidade respeitada e acolhimento por uma equipe multiprofissional preparada dar a “atenção diária” através de cuidados intensivos, tendo responsabilidade constante com paciente, família e comunidade. A equipe trabalha numa proposta inetrprofissional com intervençoes multidisciplinares, composta por um adminitrador, uma psiquiatra, uma psicologa, duas assistentes sociais, um farmaceutico, uma enfermeira, duas auxiliares de enfermagem e equipe de apoio ( recepção, cozinha , ASGs ente outras)
As atividades terapêuticas, que vão além de consultas e medicamentos, como é o caso das práticas de atenção psicossocial que dão uma ênfase maior ao: criar, falar e escutar, buscando cuidar não só da patologia, mas resgatar o convívio social, sua cidadania e seus direitos perdidos. É importante destacar que a interação das pessoas na sociedade e a criação de redes, laços de amizade, culturas, de comunidade, de solidariedade não só constituem importante base de apoio à pessoa com transtorno mental e a famílias em momentos de crise, como também impedem o adoecimento, em determinados casos, a recaída.
“Que saibamos lançar sobre eles olhos de inclusão, que os possibilitem retomar as rédeas da sua existência, resgatar a sua identidade, dignidade, autoestima, autonomia, cidadania, ressocialização. Que os muros sejam quebrados, muros esses do preconceito, discriminação, dos estereótipos negativos e possamos construir um mundo mais justo e igualitário, exterminando todas as formas de preconceito e exclusão social.” Liliane Macedo.
Neste caso o CAPS I Parelhas se legitimiza enquanto instituição de co-responsabilidade e não apenas de referência, onde a equipe prioriza a participação da intersetorialidade no cuidado com estes sujeitos desconstruindo a exclusão, construindo a desospitalização e fazendo surgir a ressocialização. Vendo que exclusão social desempenha papeis e atitudes preconceituosas e segregadoras.
EQUIPE CAPS I Parelhas