Reciclagem de resíduos sólidos pode resultar em economia de R$ 17 bi
CNM
Os resíduos sólidos recolhidos todos os dias pelos Municípios poderiam ter um destino diferente e gerar mais renda aos moradores se houvesse investimentos em medidas de incentivo a reciclagem. A sugestão faz parte de um estudo divulgado pela Universidade de São Paulo (USP). De acordo com a pesquisa, a falta de políticas públicas para o tratamento dos materiais recolhidos resulta em prejuízos de R$ 17 bilhões por ano ao País.
O estudo mostra ainda que, em 120 Municípios brasileiros funciona um sistema de reciclagem desenvolvido pelo professor da USP, Sabetai Calderoni. Apesar deste bom exemplo ainda há falta de interesse dos governos e principalmente do público para o sucesso do projeto, assegura o especialista.
No Brasil, 52% dos resíduos recolhidos são oriundos da construção civil, 34% das residências e 14% de poda de árvores. Porém, segundo Sabetai Calderoni pouco menos de 10% desse total é reciclado.
Ideias para valorizar os resíduos sólidos
Como uma alternativa para diminuir o volume de lixo em aterros sanitários - motivo de preocupação ambiental e custos altos para as prefeituras -, Calderoni indica investimentos em coleta seletiva. Além disto, ações como essas podem gerar aproximadamente 400 empregos e renda anual de R$ 15,6 milhões. Esses resultados foram calculados com base em Municípios de até 200 mil habitantes, que produzem cerca de 30% de todo material reciclável do país.
O especialista sugere aos Municípios a implantação de locais diferenciados por tipo de lixo – vidro, papel, alumínio – para o tratamento dos resíduos. Segundo o estudo, somente a unidade de tratamento de resíduos orgânicos, por exemplo, pode resultar em uma economia considerável na compra de adubos.
Com informações do Correio Braziliense